sábado, 29 de agosto de 2009

“LULA NÃO FARÁ SEU SUCESSOR” - Carlos Augusto Montenegro

Revista Veja, Edição 2127, 26/08/2009:Brasil

“LULA NÃO FARÁ SEU SUCESSOR”

Oscar Cabral




Carlos Augusto Montenegro é um dos mais experientes analistas do cenário político nacional. Presidente do Ibope, empresa que virou sinônimo de pesquisa de opinião pública no Brasil, ele acompanhou com lupa todas as eleições realizadas no país desde a volta à democracia, em 1985.
Agora, faltando pouco mais de um ano para a sucessão presidencial, Montenegro faz uma análise que o consagrará se acertar. Se errar? Bem, dará às pessoas o direito de igualarem seu ofício às brumas da especulação.
Em entrevista ao editor Alexandre Oltramari, Montenegro aposta que o governo, apesar da imensa popularidade do presidente Lula, não conseguirá fazer o sucessor – no caso, a ministra Dilma Rousseff. Também afirma que o PT está em processo de decomposição.

O que os acontecimentos da semana passada revelaram sobre o PT?
Que o partido deu um passo a mais na direção de seu fim. O PT passou vinte anos dizendo que era sério, que era ético, que trabalhava pelo Brasil de uma maneira diferente dos outros partidos. O mensalão minou todo o apelo que o PT havia acumulado em sua história. Ali acabou o diferencial. Ali acabou o charme. Todas as suas lideranças foram destruídas. Estrelas como José Dirceu, Luiz Gushiken e Antonio Palocci se apagaram. Eu não diria que o partido está extinto, mas está caminhando para isso.

Mas por trás do apoio ao PMDB e ao senador Sarney não está exatamente um projeto de poder do PT?
É um projeto de poder do presidente Lula. O desempenho eleitoral do PT depois do mensalão foi um vexame. Em 2006, com exceção da Bahia, o partido só venceu em estados inexpressivos. Nas eleições municipais de 2008, entre as 100 maiores cidades, perdeu em quase todas. Lula sempre foi contra a reeleição e só resolveu disputá-la para tentar salvar o PT. Sua reeleição foi um plebiscito para decidir se deveria continuar governando mais quatro anos ou não. Mas tudo indica que agora ele não fará o sucessor justamente por causa da mesmice na qual o PT mergulhou.
Ao contrário do que muita gente acredita, o senhor aposta que Lula, mesmo com toda a popularidade, não conseguirá eleger o sucessor.
Uma coisa é ele participar diretamente de uma eleição. Outra, bem diferente, é tentar transferir popularidade a alguém. Sem o surgimento de novas lideranças no PT e com a derrocada de seus principais quadros, o presidente se empenhou em criar um candidato, que é a Dilma Rousseff. Mas isso ocorreu de maneira muito artificial. Ela nunca disputou uma eleição, não tem carisma, jogo de cintura nem simpatia. Aliás, carisma não se ensina. É intransferível. “Mãe do PAC”, convenhamos, não é sequer uma boa sacada. As pessoas não entendem o que isso significa. Era melhor ter chamado a Dilma de “filha do Lula”.
Porém já existem pesquisas que colocam Dilma Rousseff na casa dos 20% das intenções de voto.
A Dilma, em qualquer situação, teria 1% dos votos. Com o apoio de Lula, seu índice sobe para esse patamar já demonstrado pelas pesquisas, entre 15% e 20%. Esse talvez seja o teto dela. A transferência de votos ocorre apenas no eleitorado mais humilde. Mas isso não vai decidir a eleição. Foi-se o tempo em que um líder muito popular elegia um poste. Isso acontecia quando não havia reeleição. Os eleitores achavam que quatro anos era pouco e queriam mais. Aí votavam em quem o governante bem avaliado indicava, esperando mais quatro anos de sucesso.

“O PT jogou a ética no lixo e vai ter de achar outro caminho. Deu as costas ao povo, à sociedade e às bandeiras tão caras a tantas pessoas. Tenho vergonha de estar no PT. Vou pedir à Justiça que concorde com meu argumento de que houve quebra do ideário partidário.”Senador Flávio Arns, ao anunciar na semana passada que está deixando o partido.

Diante do quadro político que se desenha, quais são então as possibilidades dos candidatos anunciados até o momento?

Faltando um ano para as eleições, o governador de São Paulo, José Serra, lidera as pesquisas. Ele tem cerca de 40% das intenções de voto. Em 1998, também faltando um ano para a eleição, o líder de então, Fernando Henrique Cardoso, ganhou. Em 2002, também um ano antes, Lula liderava – e venceu. O mesmo aconteceu em 2006. Isso, claro, não é uma regra, mas certamente uma tendência. Um candidato que foi deputado constituinte, senador, ministro duas vezes, prefeito da maior cidade do país e governador do maior colégio eleitoral é naturalmente favorito. Ele pode cair? Pode. Mas pode subir também.

A entrada em cena de Marina Silva, que deixou o PT para disputar a eleição presidencial pelo PV, altera o quadro sucessório?

A Marina é a pessoa cuja história pessoal mais se assemelha à do Lula. É humilde, foi agricultora, trabalhou como empregada doméstica, tem carisma, história política e já enfrentou as urnas. Além disso, já estava preocupada com o meio ambiente muito antes de o tema entrar na agenda política. Ela dificilmente ganha a eleição, mas tem força para mudar o cenário político. Ser mulher, carismática e petista histórica é sem dúvida mais um golpe na candidatura de Dilma.

Na hora de votar, o eleitor leva em consideração o perfil ético do candidato?

Uma pesquisa do Ibope constatou que 70% dos entrevistados admitem já ter cometido algum tipo de prática antiética e 75 % deles afirmaram que cometeriam algum tipo de corrupção política caso tivessem oportunidade. Isso, obviamente, acaba criando um certo grau de tolerância com o que se faz de errado. Talvez esteja aí uma explicação para o fato de alguns políticos do PT e outros personagens muito conhecidos ainda não terem sido definitivamente sepultados.

“Tantos projetos que eu não consegui aprovar nestes anos… Se eu não consegui com o Lula, como vou lutar por mais oito anos com a Dilma? Não posso ficar no PT para convencer que o meio ambiente tem de ser prioridade. Este é um governo insensível às causas sociais.”
Marina Silva, que deixou o PT e deve disputar a Presidência pelo PV.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

PSDB: quem apostar em divisão vai perder

Em Aracaju, Serra e Aécio reforçam a unidade do partido para 2010
Brasília (24) Quem apostar na divisão do PSDB em 2010 vai perder a aposta. Esta foi a frase que pautou o encontro do PSDB, em Aracaju (SE),no último final de semana, para discutir o tema "Desenvolvimento Urbano e Inclusão Social".
Tanto o governador de Minas Gerais, Aécio Neves,quanto o de São Paulo, José Serra, asseguraram que um terá o apoio total do outro seja qual for o escolhido pelo partido para disputar a presidência da República no ano que vem.
"Caso o escolhido pelos tucanos para concorrer à presidência seja o governador Serra, eu serei o primeiro companheiro dele na campanha", disse Aécio.Enquanto Serra garantiu que o partido estará unido em 2010. "O fato de o PSDB ter dois pré-candidatos à presidência é algo que eu vejo como sendo muito positivo. Hoje somos uma força poderosa e unificada. Vamos ganhar porque temos idéias para o país", disse o governador paulista.
Independente do escolhido para disputar as eleições presidenciais, o PSDB vai fazer as reformas necessárias que não foram feitas pelo atual governo, destacaram. "Vamos implementar uma gestão pública eficiente pautada num forte desenvolvimento regional", disse Aécio.
Para Serra, "há uma unidade no discurso do PSDB" que vai revelar ao país a capacidade dos tucanos em analisar o presente e em propor soluções para o futuro.
O governador de São Paulo afirmou que, ao longo da sua vida pública, sempre deu atenção especial aos problemas do Nordeste. Ele citou projetos e programas para a região, propostos e executados como deputado federal constituinte e ministro de Estado.
"Além disso, o programa Saúde na Família derrubou a mortalidade infantil no Nordeste ao mesmo tempo em que investíamos na melhoria da infra-estrutura das cidades", lembrou o governador, referindo-se a um dos seus principais programas como ministro da Saúde do governo Fernando Henrique Cardoso.
Já Aécio Neves, que esteve em Aracaju na sexta-feira, citou projetos importantes de seu governo em Minas que podem ser implementados nos estados nordestinos como o programa que está acabando com a dificuldade dos jovens em ler e escrever, as parcerias com a iniciativa privada no âmbito do sistema prisional e da telefonia celular.
"O PSDB vai acabar com a omissão do governo federal com a região Nordeste. Eu tenho certeza de que nós podemos fazer a diferença não apenas quanto aos programas que vamos estabelecer, como também em relação à recuperação ética que precisa haver no país", disse o governador mineiro.
Fonte: Agência Tucana

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Deu no...

Coluna Cidade Aberta, Paulo Roberto de 20/08




Animação no PSDB



Para os analistas de plantão, três aspectos relevantes devem ser considerados como reflexos da reunião de inauguração da nova sede do PSDB-Petrópolis: a presença de Zito e Marcelo Alencar, em flagrante apoio aos líderes partidários locais; o posicionamento da Executiva Municipal e dos oradores na reunião propondo a candidatura de Zito para governador do Estado; e o prestígio de Calau Lopes junto a dirigente estaduais do partido, o que fortalece sua eventual candidatura à deputado estadual.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Momentos da inauguração da sede

Calau Lopes ao lado de Zito. Bom para Petrópolis, excelente para Caxias, melhor ainda para o Rio de Janeiro! Uma parceria que esta dando certo, 45!



Companheiro Carlos Borher falou da sua satisfação com o PSDB de Petrópolis. Grande parceiro!

Fotos da inauguração da sede do PSDB

Dr. Marcello Alencar, ex-governador, também veio prestigiar a festa do PSDB Petrópolis






Lurdinha, Secretária Geral do PSDB-RJ, grande parceira deste movimento




















Prefeito de Duque de Caxias ZITO, maior liderança Tucana do E. do Rio, consolidando a posição do PSDB Petrópolis















Companheiro Amorelli, vice-prefeito de Duque de Caxias, grande etusiasta deste momento
























































PSDB DE PETRÓPOLIS INAUGURA A SUA NOVA SEDE

Dando o pontapé inicial para a campanha de 2010, o PSDB petropolitano inaugurou na última segunda-feira, no centro da cidade, a sua nova sede. Estrela maior do partido, o Prefeito de Caxias e Presidente Regional do PSDB, José Camilo “Zito” dos Santos, esteve presente na cerimônia de inauguração, acompanhado do vice-Prefeito Jorge Amorelli, parte do seu secretariado e a Vereadora Maria de Fátima Pereira de Oliveira (Fatinha), líder do governo na Câmara de Caxias.
Ciceroneados pelo Presidente do Diretório Municipal, Ramon Mello, e pelo pré-candidato a Deputado Estadual, Calau Lopes, Zito percorreu parte do centro da cidade e deu entrevistas nos principais veículos de comunicação de Petrópolis. Em seu discurso na sede do Diretório Municipal, Zito falou da importância do fortalecimento da sigla no interior do Estado, visando o pleito de 2010, e ratificou que uma possível candidatura ao governo do Estado passaria por um entendimento a nível nacional. O PSDB lidera a corrida presidencial com o governador de São Paulo, José Serra, pré-candidato da Sigla.
Estiveram presentes e discursaram durante o evento, o Presidente de Honra, Marcelo Alencar, ex-governador do Estado, que enfatizou sua satisfação em ver o nível do diretório petropolitano e ratificou a confiança que deposita em Zito, e os tucanos: Carlos Bohrer, grande guerreiro no processo de implantação da nova Sede; Lurdinha, Secretária Geral do Partido e Secretária de Educação de Caxias; Jorge Amorelli, Ramon Mello e Calau Lopes, que afirmou estar à disposição para contribuir com o crescimento do partido no interior. Todos foram unânimes em reconhecer o esforço e a dedicação que o Presidente Ramon e demais companheiros tem dispensado ao partido, desenhando um novo cenário da sigla na cidade.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Inauguração da sede

Dr. Marcello Alencar ladeado pelo tesoureiro Ageu Gotardo e deste presidente.


Já está tudo pronto para a inauguração da sede do PSDB Petrópolis. Estão confirmadas a presença da secretária Lurdinha, do prefeito Zito e do sempre Governador Marcello Alencar, além de outras lideranças tucanas. O governador Marcello Alencar faz questão de estar presente no evento e testemunhar o novo momento que vive o PSDB de Petrópolis. O evento marcará um novo tempo para o PSDB, não só de Petrópolis, mas, para o PSDB do Rio de Janeiro. A nova sede está localizada em local privilegiado, no Centro da cidade, na Rua 16 de Março, 90, sala 501 e será inaugurada no dia 17/08 às 19 horas.

sábado, 8 de agosto de 2009

Momento Político


Estamos em meio a uma crise sem precedentes. O nosso presidente vive mais de bravatas do que de realizações e age na contra mão dos postulados assumidos anteriormente. O governo central não tem um plano eficiente para enfrentar as sérias questões econômicas internacionais que nos atingem, além das deduções de impostos para certas clientelas e por prazo determinado. Seja quem for o sucessor de Lula, ele quase certamente receberá uma “herança maldita”, com compromissos permanentes de aumentos setoriais de salários e a necessidade de cortar custos de um Estado que cresceu muito e desordenadamente, sem reformas estruturais, sem a contrapartida de serviços minimamente eficientes, verificando-se, apenas, o aumento dos programas assistencialistas. O Congresso não vota nada de importante, nada fiscaliza e está minado por suas mazelas, especialmente o Senado (nada muito diferente da Câmara Federal, das Assembléias Legislativas, das Câmaras Municipais, guardadas as devidas proporções), e o Judiciário é a grande caixa preta da República, em todos os aspectos...

Os escândalos políticos refletem, em verdade, uma transição mal realizada do Ancião Regime para a Grande Sociedade Aberta. O que se vê de patrimonialismo, paternalismo, familismo, corporativismo, clientelismo, nepotismo, é vexatório, não é republicano e coroe a alma da nação. As sucessivas crises que desmoralizam a classe política têm sólidos fundamentos históricos e causas recentes, consubstanciadas no aparelhamento e na hipertrofia do Estado, na centralização administrativa, nas deficientes estruturas partidárias e na inadequação da legislação e do sistema eleitoral. Assim, os “Anões do Orçamento”, os precatórios sem liquidação, as “Jorginas” do INSS, os superfaturamentos em obras (inclusive de Tribunais), o “propinoduto”, os “Sanguessugas”, o “Mensalão (e os “Mensalinhos”), o “castelão” e o “Senadão” são sintomas de um fenômeno mais profundo, agravados na Era Lula.

Há, sem dúvida, uma crise institucional. E há uma crise ética e moral que se alastra na sociedade de um modo geral. Sim, nessa nossa sociedade que perde, a cada dia, bons parâmetros de conduta, que se desencanta com a política; uma sociedade que se brutaliza e que permite, meio que atônita, meio que insensível, meio que cúmplice, os maiores desvarios. E assim, vemos em perigo a Democracia que tanto defendemos, por tanto tempo, lutando por liberdade, por um Estado de Direito. E isso, favorece àqueles que desprezam, exatamente, a importância do amadurecimento democrático.

Pois bem, ano que vem é ano eleitoral. A sociedade precisa reagir. Votaremos em candidato a presidente, a governador, a senador, a deputado federal e estadual. E eu lhes digo: Mais do que qualquer reforma almejada precisamos, agora, da reforma dos políticos. E para isso, da reforma do eleitorado. Sim, porque melhores políticos, comprometidos com as mudanças necessárias, com as legítimas prioridades do país e da população, dependem, antes, de melhores eleitores: espontâneos, vigilantes, conscientes, independentes. Se conseguirmos isso, em maioria – e cada um pode perfeitamente fazer a sua parte: não vender seu voto e tentar o melhor - teremos, sem dúvida, uma nova e positiva atitude transformadora da sociedade, de eleitores e de eleitos, do próprio Estado; uma postura verdadeiramente republicana que refletirá um melhor exercício da cidadania pela construção do nosso bem, do Bem Comum.

Sim, nós podemos.



CALAU LOPES
-Advogado e Produtor Cultural-

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Coisas do Calau...

Reproduziremos a partir de hoje artigos escritos pelo companheiro Calau Lopes publicados em diversos meios de comunicação da região.






















































































































































Saboreiem...







































































































Momento Petrobrás



A Petrobrás é nossa, sim, orgulho nacional. Queremos vê-la cada vez mais pujante e forte. E queremo-la estatal sim. Mas é imperioso restaurar a moralidade administrativa da empresa, a correta destinação dos seus recursos e dividendos, em respeito aos acionistas e, principalmente, ao povo brasileiro que se levantou em uníssono a seu favor, no início dos anos 1950, apoiando a memorável campanha “O Petróleo é Nosso”.

A empresa, sem dúvida uma conquista de nossa sociedade, já atingiu uma dimensão de serviços e de excelência técnica que obriga, governos e sociedade, a tratá-la com respeito. Mas isso não a exime de responsabilidades perante o país, pretendendo-se imune a qualquer regulação pela vontade do seu presidente ou do presidente da nação e, por conseguinte, sujeita sim, agora, a uma CPI que servirá (se deixarem funcionar) para apurar graves desvios em contratos superfaturados, a irrigação generosa de ONGs e entidades “companheiras”, a destinação de patrocínios a “parceiros” escolhidos por interesses políticos dos poderosos de plantão.

Pelo seu porte, obrigada, sim, a prestar informações a milhares de acionistas e órgãos de regulação dentro e fora do país, a estatal não pode ser instrumento de grupos políticos, não importa de qual tendência ou marca ideológica.

Esta é a questão em pauta, para mim relevante e oportuna sim, não só em nome da transparência que deve presidir as decisões e ações da direção da empresa, mas também pelo aperfeiçoamento da Democracia e do Estado de Direito no Brasil.

A simples constatação do apavoramento do governo central face às apurações que se pretende realizar no Senado; o ataque frontal da direção da Petrobrás à imprensa e ao Congresso; a reação desproporcional de partidecos de esquerda e de entidades tipo MST, Contag e outras do gênero, notoriamente alinhadas com o governo e subsidiadas pela empresa, articulando-se em sua defesa “contra os impuros da direita”, tudo isso nos parece altamente revelador, aumentando a suspeita de que algo de muito podre, além do que já foi noticiado, anda acontecendo, não no “reino da Dinamarca”, como disse Hamlet, mas em nosso império tropical, em terra brasilis, nessa era de nefasto populismo de mercado, de indecorosos acordos políticos, de espúrios conluios pela manutenção do poder conquistado.

No mais, ainda creio que os cidadãos e cidadãs brasileiros saberão distinguir, ao final, nesse jogo de informação e contra-informação instalado, quem, que partido, de qualquer um dos lados, estará agindo com correção e compromisso com a verdade, e quem estará se excedendo em seus atos e manifestações por meros interesses corporativos ou subalternos.

Que fique claro, também, que a grandeza da Petrobrás, a competência do seu quadro de funcionários, a auto-suficiência em petróleo, a descoberta do pré-sal, os recordes de lucro da empresa, o seu vasto patrimônio, vem se construindo há muito tempo e, especialmente, a partir da Lei do Petróleo do primeiro governo FHC, portando, não somente contribuição do atual governo central ou da presente direção da empresa.

Acompanhemos com acuidade e espíritos desarmados o desenrolar dos acontecimentos.

Até a próxima vez.


CALAU LOPES
-Advogado e Produtor Cultural-