quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Coisas do Calau...

Reproduziremos a partir de hoje artigos escritos pelo companheiro Calau Lopes publicados em diversos meios de comunicação da região.






















































































































































Saboreiem...







































































































Momento Petrobrás



A Petrobrás é nossa, sim, orgulho nacional. Queremos vê-la cada vez mais pujante e forte. E queremo-la estatal sim. Mas é imperioso restaurar a moralidade administrativa da empresa, a correta destinação dos seus recursos e dividendos, em respeito aos acionistas e, principalmente, ao povo brasileiro que se levantou em uníssono a seu favor, no início dos anos 1950, apoiando a memorável campanha “O Petróleo é Nosso”.

A empresa, sem dúvida uma conquista de nossa sociedade, já atingiu uma dimensão de serviços e de excelência técnica que obriga, governos e sociedade, a tratá-la com respeito. Mas isso não a exime de responsabilidades perante o país, pretendendo-se imune a qualquer regulação pela vontade do seu presidente ou do presidente da nação e, por conseguinte, sujeita sim, agora, a uma CPI que servirá (se deixarem funcionar) para apurar graves desvios em contratos superfaturados, a irrigação generosa de ONGs e entidades “companheiras”, a destinação de patrocínios a “parceiros” escolhidos por interesses políticos dos poderosos de plantão.

Pelo seu porte, obrigada, sim, a prestar informações a milhares de acionistas e órgãos de regulação dentro e fora do país, a estatal não pode ser instrumento de grupos políticos, não importa de qual tendência ou marca ideológica.

Esta é a questão em pauta, para mim relevante e oportuna sim, não só em nome da transparência que deve presidir as decisões e ações da direção da empresa, mas também pelo aperfeiçoamento da Democracia e do Estado de Direito no Brasil.

A simples constatação do apavoramento do governo central face às apurações que se pretende realizar no Senado; o ataque frontal da direção da Petrobrás à imprensa e ao Congresso; a reação desproporcional de partidecos de esquerda e de entidades tipo MST, Contag e outras do gênero, notoriamente alinhadas com o governo e subsidiadas pela empresa, articulando-se em sua defesa “contra os impuros da direita”, tudo isso nos parece altamente revelador, aumentando a suspeita de que algo de muito podre, além do que já foi noticiado, anda acontecendo, não no “reino da Dinamarca”, como disse Hamlet, mas em nosso império tropical, em terra brasilis, nessa era de nefasto populismo de mercado, de indecorosos acordos políticos, de espúrios conluios pela manutenção do poder conquistado.

No mais, ainda creio que os cidadãos e cidadãs brasileiros saberão distinguir, ao final, nesse jogo de informação e contra-informação instalado, quem, que partido, de qualquer um dos lados, estará agindo com correção e compromisso com a verdade, e quem estará se excedendo em seus atos e manifestações por meros interesses corporativos ou subalternos.

Que fique claro, também, que a grandeza da Petrobrás, a competência do seu quadro de funcionários, a auto-suficiência em petróleo, a descoberta do pré-sal, os recordes de lucro da empresa, o seu vasto patrimônio, vem se construindo há muito tempo e, especialmente, a partir da Lei do Petróleo do primeiro governo FHC, portando, não somente contribuição do atual governo central ou da presente direção da empresa.

Acompanhemos com acuidade e espíritos desarmados o desenrolar dos acontecimentos.

Até a próxima vez.


CALAU LOPES
-Advogado e Produtor Cultural-

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