Governo causa medo ao ameaçar beneficiários do Bolsa Família
Brasília (03) - O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), reagiu nesta quarta-feira às ameaças eleitorais terroristas que o governo faz com os beneficiados do Bolsa Família. Para o senador, a atitude do governo "é desonesta, claramente eleitoral e uma irresponsabilidade com o povo.
Conforme noticiado pelo jornal O Globo de hoje, um documento publicado pelo Ministério do Desenvolvimento Social do dia 23 de dezembro mente para os beneficiários do Bolsa Família de que as principais diretrizes do programa podem ser alteradas a partir de 2011.
A falsa advertência está embutida numa instrução operacional distribuída aos prefeitos com regras para o recadastramento. O documento afirma que o dinheiro repassado às famílias está garantido para quem já atualizou os dados mas que, a partir do ano que vem, a validade do repasse "estará sujeita à alterações".
Para o senador, as táticas petistas da mentira e do terrorismo eleitoral começaram mais cedo este ano. "Na eleição passada, eu estava no interior de Pernambuco. Já no segundo turno quando o Geraldo Alckmin tinha se aproximado muito do candidato Lula eu encontrei dois documentos de associações que não existiam dizendo que o PSDB, se ganhasse a eleição, ia acabar com o Bolsa Família e ia privatizar o Banco do Nordeste do Brasil. Agora eles estão fazendo essas ameaças, disseminando a mentira o terrorismo para as pessoas simples do Brasil inteiro na pré-campanha", afirmou.
"Fomos nós que inventamos o Bolsa Família. Nós achamos que o presidente Lula foi até muito bem nesse assunto. Nós sempre dissemos isso. Mas o que eles falam é mentira, é terrorismo e é seguramente o tipo de ação a que essa gente se acostumou", lamentou o senador.
O atual programa Bolsa Família é resultado da concentração de cinco programas da Rede de Proteção Social criada pelo PSDB quando estava na Presidência da República. Ela era formada pelo Bolsa-Alimentação, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), o Bolsa-Escola, que atendia crianças de 6 a 15 anos em famílias com até meio salário mínimo per capita, o Auxílio-Gás e o Brasil Jovem, que atendia jovens de 15 a 17 anos em comunidades de risco e baixa renda com renda família per capita de até meio salário mínimo.
O governo Fernando Henrique Cardoso criou ainda dois outros programas sociais: o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS), que atendia idosos a partir dos 67 anos e portadores de deficiência com renda per capita inferior a um quarto do salário mínimo e a Renda Mensal Vitalícia.
"Essa mensagem tem o objetivo de gerar intranqüilidade, reproduzir a ameaça de que iremos no futuro acabar com a Bolsa Família. É a única força eleitoral desse governo. O único programa do governo que lhe dá votos de verdade é a Bolsa Família. É nessa Bolsa Família que a ministra quer sentar e essas ameaças que estão levantando de que o programa corre o risco de não continuar é o terror da campanha deles, o resto é marola", concluiu.
Leia abaixo a íntegra da declaração do presidente Sérgio Guerra:
"É desonesta a ameaça. O fato concreto é: digamos que eu sou uma pessoa do interior do nordeste do Brasil, vivo lá com 130, 140, 200 reais, e eu minha família. De repente eu sou informado que no próximo governo ninguém garante se meus direitos ao Bolsa Família vão continuar ou se eles vão desaparecer. Isto está nas entrelinhas da instrução e evidentemente claro na ameaça que está contida do próprio documento do ministério. Ora, isso é coisa irresponsável com o povo, claramente eleitoral.
Na eleição passada, eu me lembro bem, eu estava no interior de Pernambuco numa cidade chamada Araripina. De repente, isso já no segundo turno, quando o Geraldo Alckmin tinha se aproximado muito do candidato Lula, eu encontrei dois ou três documentos de associações que não existiam dizendo que o PSDB, se ganhasse a eleição, ia acabar com o Bolsa Família, e ia privatizar um banco muito conhecido e que dá financiamento aos pequenos produtores, o Banco do Nordeste do Brasil. Que ele então, ia passar a trabalhar para os barões, para os latifundiários e poderosos. Isso eles fizeram no segundo turno da eleição.
Agora eles estão fazendo essas ameaças, disseminando a mentira, o terrorismo, para as pessoas simples do Brasil inteiro na pré-campanha ou antes ainda da pré-campanha. Isso dá uma medida do que esse pessoal vai fazer para não entregar o governo. O problema dessa eleição é que o PT não quer entregar o governo. O PT quer eleger a ministra Dilma sem voto, quer empurrar essa candidatura na goela de todo o mundo. Esse é que é o fato concreto.
E a ameaça é o instrumento deles: se os tucanos ganharem vão acabar a Bolsa Família, você que está esquecido no fim do Brasil, nas áreas mais pobres do Brasil, vai sofrer. Isso eles dizem todos os dias nos palanques e é uma mentira!! Nos não temos nada contra a Bolsa Família, fomos nós que inventamos isso, nós achamos que o presidente Lula foi até muito bem nesse assunto. Nós sempre dissemos isso. É mentira, é terrorismo, é seguramente a ação dessa gente.
A ministra esqueceu da verdade há muitos anos. Infelizmente ela não gosta de falar a verdade. Por um bom período achei que ela era uma pessoa séria, mas ela não tem argumentos, faz uma campanha muito débil, toda vez que ela aparece , ela perde e ela agora está com esse tipo de ação que não honra nem a democracia nem a ministra.
Nós não vamos acabar com coisa nenhuma , nós vamos fazer obras decentes, não vamos aprovar obras indecentes, vamos manter e ampliar a Bolsa Família porque achamos que é certo. Fomos nós que a criamos. A nossa impressão digital está lá, começou no governo Fernando Henrique. Tudo isso é uma grande fraude, é apenas o prenúncio do que será essa campanha: mentira e terrorismo.
Essa mensagem tem o objetivo de gerar intranqüilidade, reproduzir a ameaça de que iremos no futuro acabar com a Bolsa Família. É a única força eleitoral desse governo. O único programa do governo que lhe dá votos de verdade é a Bolsa Família. É nessa Bolsa Família que a ministra quer sentar e essas ameaças que estão levantando de que o programa corre o risco de não continuar é o terror da campanha deles, o resto é marola. Eles não têm outro argumento. Da outra vez fizeram no terceiro turno, agora começaram a fazer na pré-campanha. Falta do que dizer e falar. Vamos dizer isso para o Brasil agora".
Fonte: Agência Tucana