terça-feira, 27 de abril de 2010

Médicos votam hoje propostas de greve ou demissão coletiva do serviço público

Os médicos da Prefeitura vão se reunir hoje, no Clube dos Médicos, para decidir se entram em greve ou se pedem demissão coletiva, segundo informou o presidente da Associação Médica de Petrópolis, Mauro Peralta. De acordo com ele, a insatisfação é geral, principalmente pelas péssimas condições de trabalho e pelo baixo salário. Mauro Peralta disse que durante a reunião será colocado em votação o descumprimento do novo Código de Ética dos Médicos, em função da falta de médicos nos plantões do Pronto Socorro do Hospital Municipal Doutor Nelson Sá Earp. “O Código de Ética está sendo totalmente desrespeitado e vamos analisar qual a melhor medida” afirmou Peralta, citando que uma delas pode ser uma denúncia ao Ministério Público.
Para o presidente da Associação Médica, o salário do plantonista da emergência e urgência em Petrópolis tem que ser igual ao que se paga em Duque de Caxias e Magé, R$ 5.500, e para os médicos de família, que trabalham o dia todo, R$ 7.500. Com relação aos médicos para Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Mauro Peralta disse que a proposta é pagar aos médicos salário de R$ 3.500, o mesmo que paga a UPA de Três Rios.
Segundo Peralta, a UPA de Três Rios, assim como outras do interior, começa a ter problemas na contratação de médicos por causa do salário e já enfrenta com a Pediatria. O presidente da Associação Médica teme que o mesmo ocorra em Petrópolis, pois, segundo ele, o salário de um médico em Caxias e Magé é muito maior, e citou como exemplo o município do Rio, onde o salário é menor que nos dois municípios da Baixada, mas os médicos têm gratificações que compensam trabalhar nas UPA’s da capital. Além destas questões, os médicos vão discutir o fechamento do Pronto Socorro Leônidas Sampaio no Alto da Serra e de outras unidades de Saúde e a situação dos médicos de família. Um dos motivos que levou a associação convocar a reunião é a preocupação dos médicos com o que vem ocorrendo na Secretaria Municipal de Saúde, por causa das declarações da secretária Aparecida Barbosa.
Para os médicos, somente com o reajuste dos salários será possível resolver o problema da emergência e urgência no Hospital Municipal Doutor Nelson Sá Earp, caso contrário a cidade vai continuar enfrentando problemas, como ocorreu no último final de semana, com a falta de médicos no Pronto Socorro Municipal. De acordo com informações, no ano passado acabou o contrato com 22 médicos e neste ano já foram contratados 13, mas a Prefeitura enfrenta problema na contratação do restante por causa do salário, que é de R$ 2.600. Estes problemas já foram apresentados ao prefeito Paulo Mustrangi, que até o momento não apresentou nenhuma proposta aos médicos. 

fonte: www.e-tribuna.com.br

4 comentários:

  1. Luiz de Almeida Souza28 de abril de 2010 às 08:18

    Este governo é uma piada. O prefeito da saúde até agora não tomou posse, e ainda diz que Petrópolis vai ser feliz.

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  2. As demais categorias da saúde também não podem continuar a aceitar salários medíocres. Se existe o diferencial vida, para que a classe médica seja melhor remunerada, o que dizer da responsabilidade de enfermeiros e dentistas, que no dia a dia procedem com intervenções invasivas, muitas das quais com inúmeros problemas sistêmicos que podem comprometer o prognóstico? Não estão também tratando da vida?
    Deve-se dialogar juntos, pois sozinhos nada pode ser feito. É uma questão de integralidade nas ações e por isso, incluo na qualidade da terapêutica, da resolutividade, do escutar e do acolher as demandas dos usuários do SUS, a valorização profissional dos servidores da saúde.
    Precisamos estar unidos.

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  3. APESAR DE ESTAR FAZENDO O PRESENTE COMENTÁRIO COM CERTA DEFAZAGEM (19-07-2010), entendo que um profissional da área de saúde, quer médico ou dentista,cujo pai gasta para formar seu filho em torno de R$ 150.000,00/200.000,00, nunca poderiam ganhar o que ganham. chega a ser ridículo. Daí a desmotivação e dificuldade em conseguir profissionais.Quando vão as autoridades entender isso?

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  4. a situacao só piora, não pode um medico ganhar somente 920 reais. parabens ao dr mauro peralta pela coragem e decisão, visto que ele nem é medico da prefeitura. como pai de medica assino em baixo. tá na hora de remunerarmos melhor os profissionais de saúde, e principalmente os médicos. Antonio Horta

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