Lamentavelmente o ano de 2009 acaba do mesmo modo como começou, ou seja, caos na Saúde. Manchete da Tribuna de Petrópolis estampa as mesmas noticias: “falta de médicos volta a sacrificar petropolitanos”. O governo apresenta as mesmas lacônicas respostas totalmente enganosas, de que irá contratar médicos até a realização obrigatória de um concurso público. Tudo mentira, pois com o salário que paga, não haverá médicos para serem contratados, e a falta de profissionais é simplesmente um efeito da lei de oferta e procura. Pois se Magé colado a nós, paga R$ 4 mil, Caxias, também fronteira, 5,5 mil, como achar que pagando um salário menor que dois mínimos, encontrarão profissionais dispostos a atender dezenas de pessoas em condições precárias, por uma remuneração vil? Além disso, o prazo decorrido de um ano de mandato, é mais do que suficiente para tivesse sido feito um amplo concurso público, utilizando a Universidade Católica para a realização das provas, através da Fundação Cunha Cintra.
Solução existe. A primeira e imediata é desvincular todos os médicos e dentistas, dos demais profissionais de nível superior, para que o município possa pagar salário de mercado. Com isso, haverá dinheiro suficiente para a remuneração dos profissionais, e poderemos fazer um concurso que não seja para inglês ver. Outra é a de que os diretores, muitos já estão fazendo, façam o sacrifício de cobrir os plantões. A terceira é a de ter um comandante que tenha domínio e pulso sobre seus comandados, além de uma equipe com condições de ajudá-lo, sem vaidades, coisa que atualmente não acontece. O diretor do Centro de Saúde Manoel José de Abreu pediu demissão e foi substituído por uma enfermeira. Será que não temos alguém com CRM registrado no Cremerj? Vamos solicitar informações ao conselho. O prefeito que disse que seria o da saúde precisa mostrar que veio para consertar e não para manter o mesmo caos que existia no governo passado. As entidades médicas, sem pleitear nenhum, cargo estão como sempre estiveram dispostas a colaborar, neste triste fim de ano para o setor, com o caos oferecido principalmente aos menos favorecidos, que não tem condições de pagar um plano de saúde, no momento o bem mais necessário para sobrevivência em Petrópolis, cujo SUS não funciona.
No natal e ano novo, é claro que não teremos profissionais médicos atendendo, e Petrópolis, vai ter que fazer o mesmo que no passado os municípios vizinhos faziam comprar kombis e ambulâncias pintar o nome Mustrangi na lateral e levar nossos pacientes para serem atendidos em Caxias e Magé. Quem diria que viveríamos para ver isso?
Está mais do que na hora de o prefeito chamar as entidades médicas, desvincular os salários de médicos e dentistas dos demais profissionais, pagar um salário igual pelo menos aos municípios vizinhos e aos médicos das UPA’s e virar a página do caos, da desesperança e da tragédia.
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